Re: RPG - INÍCIO

por Von Neville Seg maio 25, 2020 4:32 am

Com o gato ainda aconchegado em seu colo, voltou a pegar o cardápio para olhar direito e finalmente se decidir sobre o que iria pedir. E tentava ler as opções enquanto o bicho colocava uma das patas sobre o papel, claramente curioso sobre o que era aquilo em suas mãos.
— Algo com morangos? — Tentou deduzir ao ouvir o outro dizer que já tinha se decidido, e morango foi a primeira coisa que passou em sua cabeça devido ao histórico de coisas que via o vampiro comendo por aí. Pensou em pedir algo semelhante, mas sua fome de uma família inteira exigia muito mais do que um simples doce, então acabou por escolher uma torta salgada inteira.
— Acho que já sei também. — E tomada sua decisão, só lhe restou esperar o garçom para fazer o pedido de uma vez, guardando o cardápio e voltando novamente sua atenção para o gato que ainda tentava chamar sua atenção.

Ao ouvir o comentário de Natsume, só ergueu o olhar de cima a baixo pra ele, como se estivesse encarando uma criança tentando pagar de raivosa.
— Você? Me arranhar?
...Você só é arisco com os outros, comigo não. Talvez seja o caso do gato. — Disse com um sorriso de canto, enquanto continuava a brincar com o gato que estava tranquilo em seu colo. Queria chamá-lo pelo apelido, mas era muito estranho só pensar em pronunciar aquele nome em voz alta na frente de Natsume. Meio que lembrava aquele pivete que vive o chamando de “Natsu”.

por Natsume Umeki Seg maio 25, 2020 4:55 am

— Sim, eu ainda acho que tudo com morango fica bom. Não é gato? — Olhei para o Natsu, que estava em cima no colo do outro, e miando, o que acredito que esteja concordando. Tenho quase certeza disso. — .... Você não vai comer tudo isso sozinho, não vai? — Fiquei incrédulo pelo seu pedido. Não como se fosse ser uma simples torta salgada, mas um do tamanho maior do que ele mesmo, o que era surpreendente. Se um dia ele pegar colesterol alto, que não me venha pedir tratamento, porque irei me aposentar em termos de ser seu enfermeiro pessoal para que tome vergonha na cara e não coma mais besteiras. Então, como estava tudo agradável no seu respectivo clima, tudo o que eu pude fazer era pegar uma xícara de café que tinha por perto e dar um gole, bom, quase que acabei por me engasgar diante seu comentário o que virei a cara praticamente em sua direção. Que filho da puta....
— .... É mesmo? — Apoiei meu braço na lateral do sofá, quando encarava o gato e o moreno brincando tranquilamente. Isso até que eu comecei a pronunciar-me de forma calma e sem nenhuma intenção por detrás. — Sabe que ele vai te dar bola se o chamar? Sabe, não é tão difícil de pronunciar... Basta dizer, Nat-su. — Claramente, foi algo digno de acurralar pela parede. Porém, durante esse tempo, terminei de comer em questão de segundos o meu prato. Estando satisfeito, e deu tempo para me levantar e até mesmo aproveitar um pouco do local, e me sentar no solo, para pegar uma varinha para gato e ficar brincando com os filhotes, me sentindo em um parque de diversões só que versão bolas de pelos. Com a conta paga e tudo mais, tudo o que queria era ficar um pouco mais, e com esses filhotes, era impossível não cair em encantos. — Pronto para ir embora?... Ah, mas antes disso... Criei meu próprio exercito para te derrotar. Vão pequeninos, acabem com a muralha. — Disse quando apontava para o Von na cara dura. E os filhotes foram correndo em sua direção, mas não para morde-lo e sim ficar brincando com a meia de seus pés. O que era inevitável não fazer uma cara de bunda. — .... Bem, um dia eles vão aprender a me obedecer. — Bufei, quando revirava o olhar sendo impossível não rir com a tentativa falha de criar meus próprios soldados, pena que foi com as criaturas mais inofensivas de todas.

por Von Neville Dom Jun 07, 2020 1:00 am

— Claro que vou comer tudo, não me conhece mais? — Disse achando aquilo nada demais para ser sincero. Já tinha comido muito mais anteriormente, a torta para si não era quase nada. Mas, têm de admitir de que isso é um péssimo hábito de sua parte, comendo coisas tão gordurosas o tempo inteiro… Não ficaria surpreso de descobrir que já tem sérios problemas de saúde a essa altura, porém, não conseguia evitar de comer o que gosta.
E como estava tudo perfeito até demais, não demorou nem 5 segundos para o albino começar a lhe provocar de volta. O gato reagiu ao seu nome sendo chamado e imediatamente se ergueu virando a cabeça para todos os lados procurando quem o chamou, enquanto isso sentia-se que nem um pimentão constrangido só de pensar em falar “Natsu”, até abrindo a boca para tentar, porém não conseguia fazer sua voz sair pois o constrangimento prevalecia.
— N-Na-................. Não vou falar isso de jeito nenhum. Olha só que você fez, agitou o gato. — Fixou o olhar no felino para tentar disfarçar e desviar a atenção no bicho, que na verdade já tinha desistido de procurar a fonte da voz e estava super tranquilo. Mas tinha que ser mesmo o destino pra zoar com a sua cara daquele jeito… Por que o nome do gato tinha que ser Natsu? Sabia que era um fato irrelevante e só uma coincidência, mas não conseguia deixar de associar com o Natsume, e o desgraçado ainda se aproveita disso, vê se pode.

Assim que seu pedido chegou, como prometido e sem querer desperdiçar nada comeu cada pedaço até o fim, sentindo-se um pouco mais satisfeito por finalmente ter comido alguma coisa. E agora que chegava a parte que menos gostava que era se despedir dos bichos do local. Pegou o gato branco em seu colo com cuidado e colocou novamente no chão, fazendo um último carinho antes de se despedir dele.
— Okay, to pronto-... — Antes mesmo de terminar sua frase viu aquela cena de todos aqueles gatos correndo em sua direção, que poderia o fazer morrer de diabetes de tanta fofura junta.
— Oh não… O ataque foi super efetivo, a muralha está derrubada. — Disse em tom de brincadeira e rindo da situação, se agachando para brincar por mais alguns minutos com os filhotes que puxavam teimosamente suas meias. Tudo aquilo só o deixou com vontade de criar mais animais, daqui a pouco estariam em um ponto em que teriam que dormir do lado de fora do tanto de bicho morando naquele dormitório.

E antes de saírem, o grupo com que estavam apareceu, assim como Midori e Itsuki de mãos dadas. Todos pareciam ter terminado de comer e estavam prontos para ir embora também.
— E aí garotos? Curtiram bastante? Agora nós vamos voltar para o hotel e nos preparar para o festival, sei que está cedo mas é melhor ter tudo já preparado né? Entãooooo… Por enquanto estão livres! — Assim que Midori terminou de falar, ouviu Itsuki dizer bem baixo algo do tipo “E ainda assim vai se atrasar”, o que resultou em um puxão de orelha da namorada e um olhar mortal dela sobre o ruivo.
Ficou com uma cara de bunda vendo aquela cena e tendo certos flashbacks de guerra, mas tratou de responder logo a morena.
— Acho que vamos fazer o mesmo, porque né… — Pelo menos nisso Itsuki e ele compartilhavam do mesmo sofrimento, mas diferente do espertão decidiu nem falar nada por agora.

E assim finalmente saíram do café rumo ao hotel. Sentiria saudades do Natsu, Fuyu e os filhotes, porém já tinha um bem maior para cuidar que com certeza dava mais trabalho que todos eles juntos, então… é. Não sentiria tanta falta assim.

Já de volta ao quarto, estava quase na hora do festival. O cômodo se encontrava um tanto vazio sobrando apenas uns dois garotos além de si e de Natsume que estavam terminando de se arrumar, o resto já tinham saído para reunir os amigos ou fazer qualquer outra coisa.
E enquanto esperava o vampiro ficar pronto, tentou usar esse tempo para aprender a amarrar o laço em volta de sua vestimenta da forma correta, que depois de várias tentativas frustradas finalmente alcançou o sucesso.
Como já estava vestido, se dirigiu até o banheiro abrindo a porta para mostrar sua conquista para o albino, e também ver se ele já tinha terminado de se arrumar.
— ...Natsume? Você já tá pronto? Eu até aprendi a amarrar esse laço maldito. — Disse mostrando orgulhosamente o laço em volta da yukata, como se fosse uma criança feliz que tinha aprendido algo novo.

por Natsume Umeki Dom Jun 07, 2020 12:17 pm

— Você deveria parar de comer tantas besteiras e se preocupar mais com a sua saúde, senhor Neville. — Disse o encarando com uma expressão de decepção como uma mãe faz quando um filho não come certos pratos necessários para se nutrir. Não duvidava nada que seu colesterol estava na puta que pariu e ele não tenha percebido. Não que esteja proibido de comer as besteiras que gosta, e também eu deveria escutar meus próprios conselhos já que eu fico comendo mais comidas de humanos do que os vampiros fariam de costume, que merda. Porém, o que estava fazendo meu dia valer a pena era ver a expressão constrangida do moreno que não conseguia sequer pronunciar algo tão simples como meu nome. — Seu fresco. — Bufei, não deixando de soltar uma pequena risada de divertimento vendo o pequeno gato se acalmar já que não poderia me esquecer que o bichano tinha o mesmo nome que o meu. Pelo menos não poderia perder a oportunidade de zoar logo quando se tem uma coincidência dessas de brinde. Se pudesse eu adotaria o gato e o levaria para longe daqui isso sim. Durante esse meio tempo, aproveitei para brincar com os felinos do local por alguns minutos antes de pagar a conta e me preparar para ir embora mesmo que tenha um pesar no coração em optar tal ato. E por mais que meu plano de derrubar o Von com os gatos tenha ido para água abaixo, era impossível não abrir um pequeno sorriso quando encarava a cena. É, pelo menos consegui derrota-lo com o poder da fofura ao menos.

Porém, como temos de ir embora, e com todo mundo reunido no lado de fora... Agora faltava mesmo retornar ao hotel correto? Se bem que estava na hora mesmo. e seria melhor estar organizado para que não possa ter atrasado depois. — É, foi legal... E bem, tanto faz. — Dei de ombros aceitando a sugestão de Midori, e achando bem feito para Itsuki quando levou um puxão de orelha. Eu compreendia perfeitamente a Midori, se é para sair para os lugares, tem de estar no mínimo bem arrumado ou não teria graça. Porém, não pude evitar de olhar para o Von com fogo no olhar caso ele decidisse fazer algum comentário sobre demorar no banheiro. Pode falar, anda, que a sua orelha também vai ter o mesmo destino do outro.

E já estando no quarto do hotel, e como eu demorava muito para me preparar. Permaneci no banheiro ficando na maior parte do tempo apenas para hidratar meu rosto, fazendo todos os procedimentos da limpeza facial, e por mais que meu rosto não precise disso. Nada melhor do que tratar para não ficar ressecada já que vai ser uma longa noite, então não poupei nos produtos. E como não sabia quanto tempo permaneci lá, decidi finalmente lavar com água a cara para retirar o produto, e estender a minha mão para pegar uma toalha de rosto e secar-lo. Eu deveria me apressar um pouco, sem querer tinha me vestido ainda. Afastei a toalha do rosto, olhando para o Yukata que estava por cima da cadeira, e me preparar para pega-la-.... — ....... — Meu cu trincou na hora, quando vi a porta sendo aberta em me deparar com a presença de Von que estava exibindo a sua mais nova conquista. Eu poderia ter comentado alguma coisa se eu não estivesse apenas de roupa intima na sua frente, permanecendo imóvel por alguns segundos como se estivesse vendo um fantasma na minha frente. Porém, tudo o que fiz, era me aproximar na maior "naturalidade" e dizer tentando não esboçar nenhuma reação: — ..... Ainda não estou pronto. — Dito isso fechei a porta na sua cara, para permanecer parado por alguns segundos até cobrir o rosto com ambas das mãos surtando internamente. INFERNOOOOO, esse corno não sabe o significado de bater em uma porta antes de sair abrindo ela? E se eu tivesse pelado? Como seria? Só de pensar nessa possibilidade sentia meu rosto esquentar violentamente na mais pura vergonha, querendo desaparecer naquele instante. Depois dessa, e definitivamente, irei me arrumar mais rápido para evitar esse tipo de situação novamente. E foi o que fiz, peguei o Yukata e me vesti na velocidade da luz pouco me importando se o meu laço ficasse torto e o caralho a quatro, e finalmente abri a porta saindo do banheiro com uma cara de bunda típica. — Pronto, e ah... Parabéns, finalmente fez o laço sozinho. — Pude finalmente reparar na vestimenta do outro após minha mente retornar a normalidade.
"— Ei pessoal, por que estão demorando? A gente já está pronto! —", gritou Itsuki do outro lado do quarto, já se encontrando nos corredores e imagino que já esteja com Midori. Logo murmurei quando nem tive tempo de arrumar a porcaria do meu laço. Pode nem se arrumar mais nessa casa, era só o que me faltava.

por Von Neville Qui Jun 11, 2020 2:14 am

Von estava tão concentrado em mostrar a própria vestimenta, que só se deu conta da situação quando percebeu o silêncio do albino, o fazendo erguer a cabeça e se deparando com… Um Natsume ainda não pronto. E assim como o menor, não sabia como reagir e ficou lá parado em estado de choque, sem dizer nada e encarando mais do que deveria. Só voltou a realidade ao ter a porta batida em sua cara, o que fez a ficha cair de vez o deixando corado e constrangido pela situação.

Deveria ter batido, porque não bateu? E porque encarou? Essas perguntas ficavam repetindo em sua mente enquanto ele se sentava na beirada da cama e tentava agir normalmente para nenhum colega de quarto questionar.
Se bem que… Parando para pensar, já tinha o visto de toalha nas termas, não? Por que com cueca era diferente? Teria agido normal se o outro corno tivesse agido normal em primeiro lugar e não parecesse tão constrangido com isso. Agora, sentia-se como um pervertido, não só por ter entrado sem bater como também pelo fato de se lembrar bem de tudo o que viu em detalhes, inclusive a roupa de baixo que ele estava usando. Por algum motivo tinha de admitir que já imaginasse que esse seria o gosto dele…?
Se auto repreendeu batendo a mão na testa e fazendo uma cara estranha por ter aquele tipo de pensamento.
“Pare de pensar besteira, esqueça o que tu viu, foi só um delírio”. Repetia mentalmente essas frases tentando se convencer que não foi nada demais e estava novamente criando drama interno por nada. Mas felizmente, Natsume saiu do banheiro depois de alguns minutos e pôde suspirar de alívio pelo fato de ele finalmente estar pronto e não estar chutando sua bunda nesse momento por ter entrado sem bater.
— Sim… Érr… Desculpa por ter entrado sem bater. — Respondeu de modo direto sem conseguir encará-lo, e claramente ainda constrangido por isso.

Não se passou nem um minuto e já conseguia ouvir Itsuki gritar lá do corredor os apressando para irem logo. Nem era consigo pois já estava pronto faz tempo, mas sentia a raiva interna de ser apressado por outra pessoa.
— A gente já vai, espera um pouco. — Falou num tom alto o suficiente para ser ouvido atrás da porta, e se virou para Natsume enquanto se aproximava, vendo que o laço dele estava torto.
— Deixa eu recompensar um pouco por todas as vezes que você arrumou minha gravata. — Disse abrindo um pequeno sorriso e desfazendo o laço torto em volta da vestimenta do menor, tentando refazer os mesmos passos que fez em si mesmo anteriormente e, tentando ao máximo não errar dessa vez.
— Acho que tá certo? —
Quando terminou, se afastou um pouco e colocou a mão no queixo pensativo, observando para ver se tinha acertado uma segunda vez.

por Natsume Umeki Qui Jun 11, 2020 2:59 am

Muitas perguntas se passaram pela minha mente de uma forma que era complicado de explicar com simples palavras. Como, e por que caralhos isso tinha de acontecer logo agora? Eu deveria ter chutado o cu daquele corno na hora por não ter batido. Mas ai, ele questionaria o motivo sendo que é normal um garoto ver o outro assim... Normal... Normal é um cacete! Aquilo foi o suficiente para querer sumir da face da terra. Ou talvez eu esteja exagerando e fazendo drama por uma coisa tão besta quanto aquelas. Vê se cresce Natsume. Respirei fundo após ter me vestido da forma mais apressada na minha vida o que odiava de fato, visto que, eu gostava quando fazia tudo na maior calma e no meu tempo. Porém, era tarde demais para reclamações e sai do banheiro todo vermelho igual a um pimentão quando desviava o olhar para qualquer lugar que não seja o moreno.
— Tudo bem, esquece isso. — É sério, esquece mesmo. Por outro lado, o aviso do outro lado para ir embora foi o suficiente para soltar um suspiro de frustração. Nem sequer estava totalmente preparado e teria de sair como se um furacão tivesse passado por cima... Até que Von foi o primeiro a tomar coragem para atrasar um pouco e se aproximou percebendo de primeira a minha situação caótica. — ... Obrigado, estava precisando disso. — Suavizei a minha expressão, esquecendo o motivo de estar tão amargurado quando me mantive quieto obtendo o auxílio do garoto com o laço que estava agora mais arrumado e alinhado na vestimenta, poderia sentir a diferença de anteriormente. — Sim, está bom. — Estendi um pouco os braços, para olhar pelo espelho grande que estava colado na parede do dormitório, sorrindo um pouco satisfeito pelo resultado. Não duvidava nada que Von tenha aprendido no Wiki How, mas quem se importa? Ele estava se saindo bem nesse tipo de coisa. E quem sabe eu não vai escraviza-lo futuramente como meu amarrador de laços para Yukatas?

E como estamos prontos, peguei minhas coisas para sair do dormitório com o moreno dando as caras com Itsuki e o seu grupinho que pareciam bem animados para o festival e até mesmo se gabando pelas vestimentas, coisas triviais desse tipo de eventos. "— Ai estão vocês! Preparados? Vamos que a comida de lá parece ser maravilhosa! —", cantarolou o ruivo quando andava e me questionei o tamanho desse buraco negro que existia em seu estômago para aguentar tanta comida assim. Deu de ombros, assentindo, e seguindo então a multidão para fora do hotel, não custando muito para chegar no festival. Onde mais pessoas se mantinham presentes se reunindo no único local, a entrada era mesmo chamativa e bem bonita. Famílias, crianças, e até mesmo os adolescentes trouxas de todos os tipos estavam aqui para participarem do festival. E meus olhos percorriam diante a decoração tradicional imaginando como seria as luzes de noite... Isso até que Midori tomou a iniciativa para pronunciar a todos presentes: "— Ah pessoal, antes que me esqueça, vocês a partir de agora estão livres para se espalhar por ai, lembrando que aqui é o nosso ponto de encontro quando terminar de ver tudo. Oh, e lembrando que não se afastem muito do outro, está bem lotado e as chances de se perder são grandes! —", deu o aviso quando se abraçava no braço do namorado para lhe arrastar a uma barraca que tem algodão doce por perto. E tudo o que fiz era pegar um dos panfletos das atrações daqui, tentando ver o que poderia conhecer ou não. — Ok... Acho que dá para enrolar e ver tudo um pouco até o anoitecer não? — Perguntei para o moreno um pouco indeciso, abaixando o panfleto sendo pego de surpresa pelas bolhas de sabão que voava por perto por causa das crianças que corriam por perto. E a energia do ambiente era mesmo notável pelo visto.

por Von Neville Qua Jun 24, 2020 2:29 am

Como aparentemente ambos já estavam prontos, não enrolou nem mais um segundo e pegou suas coisas, logo em seguida saindo do dormitório dando de cara com os apressadinhos de plantão. Decidiu não comentar nada e apenas seguiu os demais até o local de destino, até que finalmente estivessem todos reunidos na entrada do evento. E como esperava, de fato era um local muito agradável de vista. Nunca tinha visto decorações daquele tipo antes, o que só despertava mais sua curiosidade sobre que tipos de atrações teria para presenciar, sem contar as comidas que conseguia sentir o cheiro de longe (e diga-se de passagem, era a única coisa com que estava familiarizado por lá).

Já estava preparado para sair por aí explorando, mas antes que pudesse adentrar mais no festival, ouviu a voz da Midori se pronunciando e tomando a iniciativa como sempre. Desse jeito que ela falava parecia até que era uma mãe ou professora lidando com um bando de crianças... Bem, pelo menos se garantia de que não era um adolescente problemático, agora não podia falar pelos outros, mas não duvidaria nada caso se mostrassem caóticos.

Porém, sentiu-se melhor estando afastado de toda aquela gente, podendo suspirar de alívio e finalmente poder começar a explorar o festival, andando ao lado de Natsume enquanto olhava para os lados tentando ver todas as opções possíveis.
— Sim, temos bastante tempo, mas... O que você acha que seria melhor ver primeiro? — Perguntou, enquanto checava o panfleto que o menor havia pegado a pouco tempo. Por mais que tivesse mil opções, sentia-se completamente perdido e reconhecia que o albino provavelmente tinha mais experiência nisso do que a si próprio.

por Natsume Umeki Qua Jun 24, 2020 2:49 am

Chegando na entrada do festival, sentia como se uma tempestade de arco-iris ou cheio de enfeites tradicionais tornavam conta perante todo o ambiente. Era tranquilo de fato, acreditei que fosse ser algo mais barulhento o que seria bem incomodo para a própria audição, o que não é o caso por sorte. Já preparava uma lista mentalmente do que visitar ou comprar também... Será que tem doces que contém morangos? Não custava imaginar um pouco. Após o anúncio de Midori diante nós as crianças problemáticas, o que revirava os olhos a cada palavra pronunciada pela morena como se eu não soubesse me cuidar, o que era uma calúnia, porque sabia perfeitamente. E não era difícil de decorar o caminho para cá, tomando em consideração que não tem muitas pessoas nesse horário, acreditando que de noite comece a se lotar.
— Err... Não sei, eu por acaso tenho cara de guia turístico? — Fiz uma expressão confusa, quando abaixava o panfleto, um tanto perdido quando o moreno. Pelo que me lembre, quando crianças, não nos preocupávamos tanto em detalhes ou o que devemos fazer. Simplesmente seguíamos nossos instintos de crianças retardadas sedentas pela curiosidade e qualquer coisa que possa aparentar ser bem chamativa. E falando em chamativo, encontrei uma barraca que possivelmente possa ser útil em alguma coisa. — Bom, pelo menos, acredito que nisso, você seja bom. — Comentei, quando erguia o queixo um pouco ao alto para apontar a uma barraca de tiro ao alvo. E que ao chegar perto, dava para se notar que tinha bonecos de papel sendo movimentados pela máquina que eram em formato de esquilos. E tinha espingardas de brinquedo para atingir, e claro, para não ser tão capitalista assim, tinha de se ter o prêmio caso conseguir atingir 5 desses alvos, tendo apenas três tentativas. — .... Quer tentar? Eu sou péssimo em mira, se eu tentar, terei altas chances de atingir alguém sem querer. — Disse com sinceridade, tentando manter uma postura neutra, mas no fundo queria jogar, isso se não fosse ser tão estranho segurar em um objeto desses. Se fosse algo mais físico seria simples, mas com algo que envolve a distância não é meu forte.

por Von Neville Sex Jun 26, 2020 3:05 am

Suspirou fundo com a resposta de Natsume, achou que pelo menos ele teria um plano do que fazer desde o início para dar tempo de ver tudo, mas... Pelo jeito teriam que jogar nas mãos de Deus e esperar a merda que ia dar.
E falando em jogar, olhou curioso pra barraca que o menor apontou, observando algumas pessoas jogarem e parecendo desesperadas pra acertarem o alvo e ganhar algum prêmio, falhando em todas as tentativas.
— Hmm... Vamos tentar né. —
Se aproximou da barraca entregando uma nota ao homem que estava cuidando das coisas, pegando a arma de brinquedo logo em seguida e, como se fosse de seu costume, checou a munição e mirou, atirando 5 vezes seguidas nos alvos de papel.
Seu ego foi instantâneamente inflado quando viu a expressão surpresa do dono da barraca e a frustração dos outros jogadores que estavam por perto e tentaram mil vezes, levando em consideração a facilidade que teve de acertar os alvos todos de primeira. Em seguida, pôde escolher seu prêmio, que eram bem ruins por sinal e não lhe interessavam nem um pouco, porém, mesmo que tivesse o direito de pegar um prêmio maior, decidiu pegar algo engraçado só pra ter alguma prova pra poder se gabar mais tarde. Sendo assim... Pegou umas orelhas de gatinho, colocando elas imediatamente na cabeça de Natsume.
— Agora eu quero ver você tentar fazer uma pontuação melhor que a minha. — Disse ignorando totalmente o fato de que tinha acabado de colocar orelhas de gatinho em sua cabeça, mas ao tempo se segurava para não rir.

por Natsume Umeki Sex Jun 26, 2020 3:42 am

Eu sabia perfeitamente que daria muito ruim para meu lado, agora Von, já tinha o hack ativado no próprio sangue por saber perfeitamente como manusear uma arma, o que era nem um pouco injusto, imagina. Para não ficar para atrás, quis fazer uma tentativa, procurando analisar a arma que não tinha nem sequer um conhecimento avançado desse objeto, e imagina uma de verdade. Decidi encarar o moreno do meu lado para tentar estudar suas ações e quem sabe, conseguir aprender um pouco de como levar o jeito da coisa. E como esperado, ver o outro atirar era como respirar, fácil até demais e sem algum esforço. Fiz uma expressão de tédio assim que vi todos chocados pela agilidade dele. Tá, pelo que eu entendi, era apenas mirar no alvo e atirar? Fácil demais, e quando estava prestes a cumprir tal ação. Fui interrompido ao sentir algo sobre minha cabeça-....
— Oh, oh! Que merda é essa que colocou na minha cabeça? — Murmurei, quando com uma mão tentava tatear com os dedos passando por detrás de algo felpudo e macio? Tentei cutucar algumas vezes para identificar do que se tratava, com uma expressão totalmente confusa e de pura desconfiança sabendo que não era coisa boa, o que era cômico por olhares externos que eu estava parecendo mais um felino cutucando as próprias orelhas. E quando notei do que se tratava, meu rosto se tingiu na hora em um vermelho vivido no meio da palidez de minha pele, e virei instantaneamente meu rosto emburrado em direção de Von. — Escuta aqui seu corno. Quando eu acertar todos esses alvos, você vai ter que usar essa tiara, me entendeu? — O desafiei, com a intenção de retirar esse sorrisinho convencido de sua cara. Pode duvidar, mas eu irei ser um atirador mil vezes melhor do que você.

Tentei ignorar o moreno, para manter a postura séria no alvo parecendo como se estivesse vendo uma presa na minha frente. Ajustei a minha postura, principalmente elevado os braços na altura perto do rosto quando encarava os cinco alvos, parecia que eu sabia o que estava fazendo pelo ar de confiança e profissionalismo que emanava. Porém, eu não sabia de porra nenhuma, seguia os meus instintos conforme o calor do momento. E antes que pudesse atirar, sentia que as balas não queriam sair do buraco. Na mesma outra, imaginei que estivesse meio enferrujado. Tive de desfazer a posição de antes para encarar um pouco o brinquedo em mãos. — Era só o que me faltava. — Revirei o olhar, quando tentava até mesmo dar tapas sobre o cabo metálico tentativa de algo sair nele. E por conta da brutalidade que minha mão causava, foi o suficiente para as balas saírem automaticamente para fora, mas a diferença é que eu não estava mirando no alvo, e sim as balas saíram igual a loucas quase que atingindo o dono da barraca que pelo susto se escondeu detrás do balcão. E as outras atingiram um balão vermelho de uma criança - o que causou o choro dela no mesmo instante -, e as demais? Bem, espero que não tenha matado alguém, o que não foi o caso e sim rasgou um saco de ração para gatos, o que fez alguns felinos se envolverem para roubar a comida no chão e um vendedor tentar os bichos com a vassoura. — ...... — Abaixei a arma em mãos lentamente, quando encarava ao meu redor como se fosse a cena de um filme, pelo caos que eu causei por um simples acidente. — Ok, desisto. A culpa é do brinquedo, não minha. — Deixei a arma do crime por cima do balcão discretamente como se nada tivesse acontecido. Ignorando os olhares de choque, e deixando uma nota para o vendedor não era somente pela ficha, mas como o possível estrago que fiz. Essa merda estava com defeitos, então fui apenas uma vítima, nada demais aconteceu... Eu acho.

por Von Neville Sex Jun 26, 2020 4:32 am

A reação do albino era simplesmente hilária e nada menos que isso. Vê-lo tateando a tiara realmente fazia ele parecer um gatinho confuso, o que fez Von não aguentar mais e rir da situação, principalmente quando o outro percebeu do que se tratava.
— Fechado, quero só ver então. — Disse em resposta a seu desafio e em seguida ficou a observar ele se preparando para começar a atirar nos alvos, percebendo que ele aparentemente não sabia usar o gatilho, mas... Decidiu apenas ficar quieto e deixá-lo ter essa experiência independente da merda que ia dar.

Só que... não imaginou que a merda seria tão grande, e ao ver o menor batendo na arma, meio que seu corpo se moveu pra ir até ele e tentar impedir, mas já era tarde demais, então só se escondeu tentando se proteger enquanto via o caos se formando por cada bala perdida, agradecendo mentalmente por ser uma arma de brinquedo e não uma arma letal como as que costumava usar... Porém, ainda assim foi o suficiente para causar um bom estrago na rotina daquelas pessoas.
— Érrr... Então... Olha, eu acho que vi uma barraca interessante ali, vamos? — Puxou Natsume rapidamente se afastando do caos, antes que o dono da barraca decidisse chamar os seguranças ou algo pior considerando que ele não estava com uma expressão muito bonita depois do ocorrido.

E já estando um pouco afastados podendo respirar de alívio, soltou o pulso do albino para ir checar a barraca que chamou sua atenção, mal chegando perto e a senhora nela abriu um sorriso convidativo chamando os dois pra se aproximarem. Von se aproximou meio relutante, vendo que ela usava símbolos Wicca por todo o corpo, mas não sabia dizer se era uma bruxa inofensiva ou se poderia ser perigosa.
— Von e... Natsume, não é? Não se preocupem, não vou engolir vocês. Mas não querem ver seus futuros? — Não poderia negar que estava curioso, mas ao mesmo tempo relutante em relação à tudo aquilo, afinal se ela acabasse prevendo algo ruim ou se demonstrasse ser perigosa, certamente teria arrependimentos mais tarde.
— Quer tentar? Acho que desde que fiquemos de olho nela, não vejo problema. — Disse enquanto encarava o menor com o canto do olho, afinal prometeram ver tudo, então só por esse motivo que chegou a considerar mexer com essas coisas.

por Natsume Umeki Sex Jun 26, 2020 5:34 pm

Péssima ideia. Por que diabos eu achei que fosse ser uma boa ideia bater igual a um retardado em uma arma sabendo das consequências? Agora era tarde demais para pensar no que já aconteceu, apenas sentia que o caos já estavam estabelecido no meu redor. — Acho perfeito. — Não pensei nem duas vezes, e me permiti ser levado para longe daquela barraca antes que possamos ser expulsos do festival e enfrentar problemas com os seguranças. E como estamos afastados o suficiente, não imaginei que a desculpa de Von fosse realmente se tratar de uma barraca bem peculiar e chamativa. O mais estranho não era a decoração ou a atmosfera bizarra em si, mas sim a senhora que tinha a idade o suficiente para ser a minha tataravó que queria convidar-nos para ir até ela, fiquei meio relutante e com um frio na espinha diante nossos nomes serem pronunciados. Que bizarro, eu sabia que essa mulher tinha uma aura que não era nada humana e sim de uma bruxa pelo que conseguia identificar somente de encarar-la com esse seu sorrisinho simpático. — Pode ser. Quero ver se no meu futuro não vai ter mais rãs no dormitório. — Ergui uma celha, quando me aproximei da barraca me acomodando em um dos assentos ao lado do moreno. Cumprimentei a senhora que se apresentou como Mama Crys, uma bruxa que prevê a nossa sorte, passado, presente e futuro através das cartas de Tarot. Diante essa explicação dela, quando a via colocar as cartas agilmente sobre a mesa, era inevitável não ficar meio curioso e sentindo um má pressentimento com tudo isso? Vendo pelo seu físico, de cabelos brancos e olhos de cores diferentes de azul e o outro verde esmeralda. Ela parecia estar bem empolgada para prever o nosso futuro, o que não sei se consideraria essa empolgação de quem passaria bons presságios ou algo o suficiente para nós fuder. A idosa ao se acomodar no assento, parecia ter dificuldades em se acomodar por conta de seus glúteos que eram enormes o suficiente ao ponto de ficar presa na própria cadeira, o que mulher tentou ignorar e falar para o Von, que praticamente seria a sua primeira vítima:
"— Jovemzinho, fique a vontade e escolha quatro cartas, e não vale espionar ok? —", riu quando ajeitava suas pulseiras de ouro sendo uma pessoa bem vaidosa de primeira.

Fiquei em silêncio, esperando a ação do moreno para escolher quatro cartas. Para então a Mama Crys, pegar as mesmas e ler de forma atenta quando fazia expressões de surpresa ou até de mistério como se estivesse vendo algo bem interessante. "— Vejamos... Primeiro, que tal começar a conhecer as cartas que combinam com seu espírito? A carta da lua, e da justiça são as ideais para você. —" Disse ela, quando virou as cartas expondo as figuras e até mesmo fazendo uma explicação breve da personalidade de Von e de sua maneira de ver o mundo. O que me surpreendeu porque era exatamente igual a sua descrição que combinava com o moreno, era algo assustadoramente incrível. Pelo menos, até ela sabe que Von era teimoso, e tem pontos fortes dele que são a sua cara como os fracos, enfim, é o que o tornam assim. As coisas se tornaram mais sinistras quando a carta da sorte de Von foi virada que era da Estrela. O significado era bem simbólico, a única coisa que conseguia imaginar era os seus país diante a descrição da mulher, até por que... Quem mais estaria o protegendo de tão longe assim? Não sei se é correto acreditar nessa bruxa, porém, de tantos acertos que ela fez, duvidar me parecia quase nulo ainda mais acreditando que com isso o garoto teria noção que estaria protegido. No entanto, as coisas ficaram mais tensas na carta do presente que era o mesmo simbolo da primeira, mas com um significado diferente.

Falsas ilusões? Cuidado com quem vive? Por mais que não fosse bom fazer acusações, já tinha alguém em mente, por mais que não tivesse 100% de confirmações. O que me fez suspira fundo, quando cruzava os braços claramente tenso com uma porcaria dessas, espero que não seja nada demais. Já não bastava os problemas e agora vamos lidar com mais? Estava torcendo que essa previsão fosse um simples blefe. No entanto, a última carta foi virada, e a adivinha começou a se pronunciar: "— Oh, mas que novidade. O amor está no ar! Você pegou uma carta bem curiosa e rara. Que sortudo mocinho, fufufu ~ —" Riu a senhora, quando ela não parava de me encarar a cada cinco segundos, o que deixou meus ombros mais tensos ainda. Por que essa louca mantém essa risada sinistra em minha direção? Não conseguia nem me concentrar na descrição dela, que fiquei em total choque com a carta do futuro de Von, que porra, até casamento se inclui nessa merda? Não sabia se eu ficava constrangido, confuso, ou com um sentimento estranho no peito porque a única coisa que me lembro dele ter gostado realmente era de seu amigo de infância. E se...? Na mesma hora balancei negativamente a cabeça para afastar esses pensamentos sem lógica de minha mente. Não tem motivo para ficar tão inquieto, e tentava até acalmar a minha própria perna que inutilmente parecia falho.
— Olha Von, até que ser a esposa do padre não é tão ruim assim. — Pousei o cotovelo na mesa, quando o encarava com um sorriso de sacanagem na cara, o que me ajudava a distrair e tanto. Nem quero saber quando chega a minha vez, mas sinto que não será nada generoso o futuro comigo. "— Sua vez jovem vampirinho. —", Mama Crys se pronunciou depois após concluir as previsões de Von e eu engoli o seco quando mantive a minha postura inicial. Enquanto escolhia as cartas nas cegas.... É agora que me ferro.

por Von Neville Dom Jun 28, 2020 3:33 am

Como Natsume parecia estar de boas com aquilo, decidiu se entregar a curiosidade e sentar em uma das cadeiras, tentando não ficar tenso ou parecer desconfiado demais diante da mulher. Só que, infelizmente ela o escolheu primeiro para ser uma vítima, e sem querer ir contra aquela decisão, engoliu em seco e esticou o braço para obedecer as instruções da tal Mama Crys, pegando as 4 cartas. E enquanto esperava ela dizer logo suas previsões, ficou a observar as expressões que ela fazia ao mesmo tempo que encarava suas cartas escolhidas, só o deixando mais ansioso e um pouco impaciente com tanto mistério… Até que finalmente a velha decidiu começar a falar sobre as cartas e… Aparentemente sobre sua personalidade.
Ficou surpreso ao escutar tudo aquilo, se identificando de verdade com a maioria das coisas descritas sobre si, tirando a parte da teimosia apenas. De onde ela tirou que era uma pessoa teimosia? Nunca se considerou uma e se considerava uma pessoa bem direta mesmo, teimosia era a única coisa que não se encaixava.

Quando ela finalmente terminou de descrever sua personalidade, ou melhor, sua quase personalidade, pôde finalmente se focar nas outras cartas que o moreno sem perceber estava se remoendo de curiosidade para escutar, independentemente se fosse bom ou ruim.
Mas certamente era bom. Não pôde evitar de ilustrar a imagem de seus pais em sua mente quando ela começou a falar sobre a carta estrela, com todo aquele papo de guardiões e proteção, aqueles dois eram os únicos em que poderia pensar. Um sentimento de tristeza lhe tomou por alguns instantes, sentindo um aperto no peito ao lembrar deles agora, principalmente com as palavras da Mama Crys que tornavam isso mais intenso. Quando achava que já tinha superado o ocorrido, do nada uma onda de realização o atingia e o fazia sentir tudo aquilo de novo.
Porém, as coisas boas pareciam ter terminado por aí mesmo nesta carta, pois do presente para o futuro, era só ladeira abaixo.

Chegou em um ponto que não sabia se deveria levar isso tudo a sério mesmo, e na verdade, preferia achar que isso tudo era apenas uma previsão simples de festival pra distração, não algo que seria relevante em seu futuro, pois se recusava a acreditar que mais problemas estavam à espreita, e que, com certeza não iria envolver apenas a si, como Natsume também que sempre estava ao seu lado. Acreditar naquilo só iria fazer com que se preocupasse à toa e acabasse perdendo o pique para o festival e toda a viagem num geral. Queria aproveitar ao máximo todos aqueles momentos longe de seus afazeres e suas responsabilidades, e no máximo acreditar que os problemas se tratavam de algo relacionado a escola, considerando que provavelmente tinha muitas faltas marcadas e queixas da diretora em sua lista, por conta das escapadas que deu com Natsume por motivos pessoais.

Mas felizmente, quase que não tinha que se preocupar com mais nada pois a Mama estava prestes a fazer a descrição da última carta… Que estava relacionada ao… Amor??
Quando ouviu as palavras “o amor está no ar”, quase que se arrependeu de todas as suas decisões até agora e disse que não queria ouvir mais nenhuma palavra, só pra assim se levantar e sair como se nada tivesse acontecido, porém, decidiu provar a sua não-teimosia e ficar só pra ver onde que aquilo iria dar. E claro, não deu nem 5 segundos pra já se arrepender de ter ficado pra escutar, corando a cada palavra proferida pela velha ao mesmo tempo que tentava compreender o que porra tudo aquilo queria dizer. E também, porque ela ficava olhando para Natsume toda hora? Será que era cega e não conseguia distinguir quem é quem? Pois essa era a única explicação plausível para ela aparentar não enxergar um cara de 1,90 bem na sua frente, ou talvez ela estava querendo dizer outra coisa… Mas não queria aceitar que fosse esse o caso. Até pedidos de casamentos foram citados… Como que um pedido de casamento iria acontecer se nem um relacionamento tinha? Mas enfim, sua vez havia acabado, poderia finalmente suspirar de alívio, e agora era a vez do engraçadinho ao seu lado que não perde uma pra lhe provocar.
— Muito engraçadinho você. Quero ver agora que é a sua vez se você vai continuar com esse sorrisinho no rosto. — Disse com uma cara emburrada, enquanto esperava o albino pegar as cartas e a Mama Crys finalmente ler o futuro dele para acabar logo com tudo isso. Imaginou que Natsume estava passando pelo mesmo sufoco que ele passou, esperando as próprias previsões enquanto a bruxa fazia todo aquele mistério, apesar de que… Também sentia-se um pouco nervoso mesmo que sua vez tenha acabado.
— Interessante… É notável que você tem uma personalidade forte, então as cartas “A morte” e “A Força” fazem sentido pra você… Não se assuste com o nome, elas não necessariamente significam algo ruim neste caso. — Ela explicou calmamente com um sorriso que não conseguia distinguir através dele suas intenções, mas queria acreditar que ela iria dizer apenas coisas boas e nada que fosse muito preocupante.

Fez questão de ouvir atentamente a descrição de Natsume, concordando com a maioria das coisas que ela dizia, tirando a parte de sumir em momentos mais importantes, o que estava longe de ser verdade, considerando que o vampiro sempre estava ali para ajudar independente da situação. Teria que dar um desconto para ele neste quesito, mas de resto, concordava com tudo. Principalmente a parte da teimosia, pois agora sim estavam falando de um verdadeiro teimoso. E em relação às duas outras cartas descritas… Não sabia o que pensar sinceramente. Só poderia desejar que as energias da carta intitulada como “A Força” prevalecesse mais do que a carta “A Torre” descrita pela senhora. Tudo o que menos queria era mais problemas em sua vida e muito menos na vida do albino, que só agora depois de muito tempo estava podendo descansar a mente de toda a merda que teve de passar com os seus tios, durante todos esses anos.

E finalmente, a última carta, que curiosamente era uma carta que havia tirado em sua vez, mas obviamente com um significado diferente.
— Olha só, parece que temos mais um caso de amor aqui? Ou seria um único caso? Hehehe — E imediatamente toda a sua postura se esvaiu ao ouvir a descrição do futuro de Mama Crys para Natsume, ficando rígido como uma pedra sem conseguir encarar nenhum dos dois de tanto que sentia seu rosto queimar de vergonha.
“Pode estar mais próximo de si do que imagina”, “use as mágoas do passado como alicerce para o futuro”... Não conseguia pensar em mais ninguém que se encaixasse naquelas palavras que não fosse a si mesmo, e jura por tudo que é sagrado que se não fosse o fato de ela realmente se mostrar uma bruxa, acharia 100% de que tudo aquilo era só coincidência ou que não passava de um blefe, afinal, não conhecia outras pessoas próximas do albino tirando a sua pessoa, ele nunca chegou a citar outros amigos, o que fazia pensar que era a única pessoa que poderia se encaixar nisso.
Mas sinceramente? Não sabia se aquilo faria alguma diferença ou não. O que Natsume acharia de tudo aquilo era o mais importante, e quase tinha a absoluta certeza de que ele pensaria em qualquer indivíduo pra se encaixar naquela previsão... qualquer indivíduo que não tivesse alguma relação consigo mesmo, então não tinha porque se sentir nervoso em relação àquelas palavras, independente do que significava ou deixava de significar. Só queria que Natsume fosse feliz em todos os aspectos da vida, incluindo o amoroso se fosse conveniente pra ele, e claro que não importa com quem seja, mesmo que não fosse consigo.

por Natsume Umeki Dom Jun 28, 2020 4:53 am

Não tinha certezas se aquilo fosse ser a melhor ou a pior escolha quando se trata de ler o futuro diante aquela cartomante maluca. Não era o único que estava tão tenso quanto uma pedra, Von parecia sentir o mesmo peso ainda mais com todo esse suspenso que estava sendo processado naquele ambiente. Claro que, boa parte daquela previsão sobre o moreno estava correto, aposto que nesse instante, ele se recusava a aceitar seu lado teimoso.... Contudo, é um assunto bem delicado envolver seus pais, é mais tenso do que esperado. Se fosse comigo, me sentiria indiferente por estar acostumado com o sentimento da perda. Mas e ele? Acabou perdendo as pessoas mais importante em sua vida de uma forma bem cruel. Me causava um sentimento horrível no peito, porque não importa o tempo que passe, é impossível esquecer aqueles que já partiram desse mundo. Tudo vai fazer lembrar-los de alguma forma, seja através de sons, cores, aromas ou até lugares. Torcia mentalmente que seus pais fossem capaz de proteger mesmo o moreno caso essa carta fosse significar alguma coisa.

Diante o presente e o futuro do moreno de pura desgraças, e que torcia que não fossem prejudicar-lo, pois eu não duvidava de mais nada após essas bruxarias daquela louca velhota. O moreno teve uma coragem arrancada do além para permanecer quieto e escutar essas diversas previsões até o fim delas. Era uma loucura após a outra que não sabia mais saber o que era verdade ou não. De todos os modos, esperava que Von fosse ser capaz de seguir seu próprio caminho do que acreditava ser bom para si ou não. — Eu não duvido que essa velha coloque uma praga em mim. — Comentei apenas com o moreno, em uma expressão de tédio, já me preparando mentalmente ou não para o pior. E para acabar logo com essa palhaçada, escolhi as minhas cartas esperando e escutando com atenção o que a mulher poderia pronunciar. É impossível não ficar tenso com suas palavras, que eu saiba a morte não tem nada de bonito, mas se diz que tem o efeito contrário. Quem sou eu para questionar alguma coisa. Pois sinceramente, não sabia como reagir quando falava de minha personalidade, eu sabia perfeitamente de minha persistência e teimosia em certas situações, de fato, estava correto. Menos em termos de sumiço, não me via e jamais teria coragem de deixar ninguém na mão, seria a última coisa que cometeria nessa vida. Então, teria de descartar essa parte apenas, para assim, dar ênfase para as próximas previsões que estavam por vir.

Após sentir minha dignidade indo a merda, e escutar as palavras quase que inseparáveis de Mama Crys. Não me surpreendia com a carta da Torre, muito pelo contrário, me preparava caso isso fosse ocorrer algum dia. É inevitável não suspirar pesadamente de frustração por escutar aquilo. Chega de tantos problemas a enfrentar, ambos precisamos de um bom descanso para ter apenas o foco do que faremos daqui à frente com nossas vidas, nada que seja além disso. E falando em palhaçada, a última carta foi um absurdo e tanto ao ponto de arregalar meus olhos de surpresa, tentando desviar a minha atenção para qualquer coisa que não seja aqueles dois. Sentindo o rosto queimar e a vergonha se abastecer por completo em meu corpo, desejando estar enterrado a 7 palmos do chão do que pretender escutar o restante da frase. — .... — Puta merda. Aquela albina está falando sério? Mais perto do que imagino? Era um absurdo sem limites. Era difícil me ver estar envolvido com alguém. Me sentia levemente perdido, seja por inexperiência ou por até mesmo sendo difícil de distinguir através de palavras a sensação de gostar de alguém. Não reparava tanto em mim, olhava mais vezes o moreno ao meu lado. Imaginando que ele teria sim, e torcia que pudesse ter sorte ou pedir por coisas boas em sua vida dependendo do que seja.... Talvez não seja uma previsão concreta. E sim um desejo interno meu. Seja qual for a consequência boa ou ruim das cartas, terei de moldar meu presente e futuro daquilo que eu achar que seja correto. — Minha senhora. Acabou? Ou ainda pretende dar uma de cupido para cima da gente? — Fiz uma pergunta com certa impaciência tanto na voz como em minhas ações, devido a enrolação da idosa que deixava qualquer um alterado. Que me encarava com um olhar de reprovação.

"— Rapazinho. Você é muito apressadinho sabia? Sinto que ambos faltam muito o que aprender. Mas acredito que, energias boas irão vir se tiveram paciência e cautela. Com isso finalizo a minha sessão, espero que tenham gostado hihihi. —", finalizou a idosa com o seu sorriso largo, sem que mostrasse os dentes. Porém, antes que eu retirasse minha carteira para lhe pagar pelo serviço. A Mama Crys se pronunciou mais uma vez:
"— Oh, não se esqueçam de fazeres suas orações para afastarem as energias negativas meus jovens. Aquela árvore ali na vossa direita, é onde podem escrever o que esperam desse ano e esperar que as divindades vos atendam. Bom passeio ~ —" Disse quando apontava com o dedo uma árvore de tamanho comum. Tendo como diferença que as suas folhas são se tons róseos como pétalas de Sakura e as pessoas escraviam em um papel específico os seus desejos ou orações e penduravam depois nos ramos da árvore que deixavam bem decorativa. — .... Tá legal? — Comentei quando pagava a cartomante. O que imagino que seja uma promoção de sua parte para que fossem ir até essa árvore bem bonita e delicada. Se a velha recomenda para afastar seja lá qual demônio que queira comer nossos cus. O melhor seria remediar, tanto que não tinha outra coisa de bom a fazer, então seria outra chance de Von e eu conhecer mais um pouco do que esse festival pode nós proporcionar. Desse modo, aguardei o outro que estivesse preparado para pagar a sua parte e torcendo para ficar longe dessa barraca.

por Von Neville Qua Jul 22, 2020 2:46 am

Esperou pacientemente a clarividente finalizar com a vez de Natsume, para que então ele pudesse pagar e os dois pudessem sair logo de uma vez dali. Sem dúvidas foi uma experiência que foge de sua rotina, e estava longe de ter sido ruim, mas, também não foi espetacular. E quando estavam de saída, ergueu uma celha com o último comentário dela, automaticamente olhando para a direção de onde a árvore estava, vendo algumas pessoas próximas a balcões escrevendo alguma coisa em um papelzinho, e, em seguida amarrá-lo nos galhos da árvore.
— Te juro que da primeira vez que vi isso pensei que era só vandalismo. — Comentou com Natsume, enquanto se aproximava de uma banca com os papéis onde tinha uma moça apoiada escrevendo em um deles. Pegou um da cor azul em sua mão e ficou encarando aquilo como se fosse coisa de outro mundo, tentando entender o funcionamento deles. A moça que estava do lado percebeu sua confusão, e com um sorriso lhe chamou a atenção lhe estendendo um panfleto.
— Aqui tem informações importantes, caso tenha alguma dúvida. — Von pegou o panfleto e agradeceu, e ela apenas respondeu com um aceno de cabeça e se afastou.
Abaixou o papel em uma altura em que o albino pudesse ler também caso tivesse interesse, e assim que começou a ler, o que a mama Crys havia falado se tornou mais claro em sua mente.
Os papeizinhos eram mais conhecidos como “tanzaku”, e de acordo com o que estava descrito ali cada cor tem o seu significado.
Mesmo não tendo nenhuma crença religiosa, ao entender como os tanzakus funcionam Von pegou 3 em sua mão, das cores azul, verde e branco, e então se apoiou no balcão pegando uma das canetas que estavam ali dispostas, escrevendo o nome de Natsume em cada um deles. Depois que terminou, começou a andar em direção à árvore, mas parou se mostrando um pouco relutante.
— Érr… É só pendurar no galho? — Perguntou um pouco confuso com aquela parte. Vai que os galhos tinham significados também e ele acabasse fodendo as próprias boas intenções… Era difícil até em pensar nisso.

por Natsume Umeki Qua Jul 22, 2020 3:38 am

Quando finalizamos aquela sessão bizarra daquela adivinha, eu não poderia deixar de me sentir menos me livrar daquele sentimento estranho daquela barraca. Nunca mais volto ali se depender de mim. E agora a idosa estava recomendando uma árvore? Seja qual foi o motivo, esperava que não estivesse envolvido alguma bruxaria que possa amaldiçoar eu e Von. Sem escolhas, e com a curiosidade falando mais alto nessas horas, fui junto com o moreno até ver uma quantidade de pessoas e na maioria casais escrevendo em papeis para fazer o processo de amarra-los em uma árvore que era bem bonita por sinal.
— Essas pessoas não são como nós Von. — Olhei pelo canto do olho, já me aproximando de vez do balcão. Pois ele sabe perfeitamente que quando se trata de regras automaticamente as quebramos, o que não é comportamento típico de alguém que está quase a completar vinte anos. Fiquei a encarar cada papel de distintas cores tentando compreender o que cada um significava... Mas, era impossível. É sério que até cores possui um símbolo significativo? A moça do panfleto confirmava minhas dúvidas iniciais, e agora vendo detalhadamente o catalogo das cores pude compreender melhor a funcionalidade de cada uma. Agora tinha uma noção clara do que poderia escrever, e sem perder tempo, enchi a mão desses papéis pegando de todas as cores, o que parecia ter pegado em um arco-iris isso sim. Discretamente, anotei o nome de Von em cada um desses pequenos e frágeis papéis que tinha receio que fossem se rasgar. Quando conclui, fui andando até onde estava a árvore em questão na procura de galhos disponíveis para pendurar. — Sim. Está vendo como eles estão fazendo? Apenas tentemos imitar. — Comentei, quando tentava copiar com os olhos os movimentos que os humanos faziam com as mãos. Não parecia ser difícil. — Mas, caso tiver com dificuldades. Posso fazer isso por você. — Perguntei calmamente, quando comecei a flutuar um pouco para que pudesse alcançar o galho e sem pensar muito amarrei cada papel com cuidado mas firme o suficiente para não se soltar em cada galho - claro que, de uma forma que Von não pudesse ler -, e assim terminando de vez. Orgulhoso do meu resultado, pousei meus pés ao solo novamente quando esperava o moreno fazer o mesmo processo que fiz.

— Pronto, podemos ir agora.... E sabia que eles vão pegar esses papéis e depois queimar para que esses pedidos cheguem aos céus? — Franzi um cenho achando um absurdo aquilo. — Se queimarem os meus, irei ficar puto. — Disse por fim, quando baguncei levemente os cabelos com uma mão. Eu não tive tanta dedicação para escrever para que esses cornos toquem nisso, mas de todos os modos. Mesmo que eu não acredite muito nessas coisas, aguardava que cada um dessas cores possam fazer parte da vida de Von. Seja como for, não podemos ficar aqui para sempre. E comecei a marchar rumo do que esse festival a oferecer, e claro que aqui tinha diversas coisas. A comida daqui era fantástica e eu não poderia reclamar, os doces de morangos eram tão perfeitos que não poupei em comprar-los. Pelo menos existiam barracas melhores e menos medonhas do que aquela de Mama Crys, e estava fazendo cada minuto valer a pena. Foi tão rápido que nem percebia que o céu começava a escurecer, dando a passagem de tons mais escuros e alaranjados que presenciavam o fim do dia. Para que a lua pouco visível fosse dar seu destaque nitidamente. Uma sensação de tranquilidade diria que estava presenciado por essa semana, e não poderia reclamar. Custava um pouco para me adaptar a essa rotina longe de tanta agitação, mas pela primeira vez na vida me sentia ser um adolescente normal vivendo a vida de seu próprio modo. Por fim, decidimos fazer uma pausa, parando em frente de uma barraca que vende máscaras tradicionais de diferentes formatos e tamanhos. Até porque Itsuki acabou por me ligar a pouco tempo avisando que em breve nós encontraria para que fossemos ver juntos os fogos de artifício.

Enquanto aguardava, e dava uma pausa após uma longa caminhada. Não deixei de reparar próximo de mim as amostrar grátis de máscaras, e eu achei uma tão peculiar que não pude deixar de pega-la em mãos, e como o moreno estava distraído, seria perfeito. — Feche os olhos. Tenho algo que é a sua cara. — Disse, quando escondia o objeto em mãos com um sorriso de quem claramente estaria aprontando uma. Para que então, pudesse esticar os braços e prender a máscara incrível em Von. E me afastei um pouco quando controlava o riso, com o resultado amostra. Ficou magnífico, não poderia esperar mais.

por Von Neville Sáb Mar 20, 2021 8:43 pm

Sua atenção estava totalmente focada nos movimentos das mãos de Natsume, prestando atenção em como ele amarra os papéis, para que em seguida, pudesse fazer o mesmo. Estava tão focado que quando ouviu a voz do albino lhe oferecendo para amarrar em seu lugar, sua reação foi espontânea em trazer os papéis próximo ao seu peito e arregalar os olhos, como se estivesse protegendo eles… Depois de um momento de reflexão percebeu sua reação exagerada e tentou disfarçar adotando uma postura mais calma.
— Não precisa, deixa que eu amarro. — E dito isso, se aproximou dos galhos livres para amarrar os papeizinhos que tinha em mãos, certificando-se de amarrá-los com um nó firme para que não corresse o risco de nenhum escapar com o vento ou que ninguém tentasse tirá-los dali. Tentou olhar discretamente para os papéis de Natsume, mas balançou negativamente como se repudiasse a própria atitude, sem falar que… Tinha um pouco de receio do que poderia ver escrito ali, sente que iria acabar se ferindo dependendo do que visse.
Quando voltou para onde Natsume estava, tinha um sorriso estampado no rosto que desapareceu com o que o mesmo disse. Todo o seu esforço pra fazer um nó decente então havia sido em vão já que iam queimar de qualquer forma… Essa ideia era estranha, mas demorou questão de segundos para se conformar e dar de ombros.
— Se isso vai fazer com o que o desejo chegue aos céus e se realize, então não acho tão ruim… — Disse, e em seguida soltou uma risada, porque nem sabia se acreditava nessas coisas, então o fato de que estava se submetendo a um ritual desses soava engraçado pra si.

Quando saiu de lá, acompanhou Natsume para onde o mesmo gostaria de ir, parando vez ou outra em alguma barraquinha pra comprar comida e bebida para si que não tivesse morango no meio, já que o vampiro estava mais focado nesse tipo de sobremesa.
Sentia sua mente e seus sentimentos em uma paz tão imperturbável, que não combinava de maneira alguma com a rotina que se acostumou, que parece até surreal. Perceber o céu escurecendo deixou um gosto amargo em sua boca, pois queria que esse dia durasse por muito mais tempo. Infelizmente, seus pés não tinham a mesma opinião… Já estavam começando a doer, principalmente por conta do sapato de madeira cujo o qual não estava acostumado. Por isso agradeceu mentalmente quando decidiram dar uma pausa, sentando em um banquinho que tinha por perto e soltando um longo suspiro em seguida, esperando recuperar um pouco de sua energia com isso. Ficou a observar a multidão, até que Natsume chamou sua atenção, o que lhe fez erguer uma das sobrancelhas enquanto tentava ver o que ele tinha escondido atrás das costas.
”Lá vem.” Pensou, fechando os olhos com uma expressão que demonstrava que já esperava alguma brincadeira da parte do outro. E quando os abriu, olhou confuso para ele por um instante antes de tirar a máscara e encará-la enquanto a segurava.
— Muito engraçado… Você não é o palhaço, Natsume. Você é o circo inteiro. — Tentou manter uma cara séria enquanto dizia isso, mas acabou deixando um sorriso escapar… Daqueles que se dá quando você tenta segurar a risada.

por Natsume Umeki Dom Mar 21, 2021 4:20 am

Não entendi de primeira a ação repentina e esquisita de sua forma em proteger os papéis. Procurei até ignorar o seu ato de disfarce improvisado, e dei de ombros, assentindo enquanto focava em meus papéis, os pendurado naqueles galhos. Altos o suficiente para que não pudessem ser vistos com facilidade. E por mais, eu estivesse curioso com que o moreno tenha escrito, admito que iria acabar me decepcionando no final. A ignorância parecia ser uma benção nesse caso. Eu não sabia exatamente como funcionava as tradições daqui, porém, de tanto que convivia no meio de criaturas mágicas, diria que não duvidaria muito desse tipo de fantasia. — Parece que não largamos a mão de algumas coisas. — Relaxei os ombros, não demonstrando muita preocupação. Me referia mais no sentido de, de ambos experimentar quaisquer tipo de atrações turisticas que possam ir além de nossa compreensão. E que explorava o misterioso por detrás disso, como por exemplo, os papéis que são ou não capazes de realizar desejos internos. E mesmo que não fosse ser capaz, eu mandaria ir ao inferno e garantiria por conta própria a felicidade de Von.

Caminhando pelo festival, e experimentando um pouco de tudo. Era tranquilo, não tinha o que reclamar. O que era estranho, pois, eu sempre encontrava uma desculpa diante uma situação estressante, e que de fato, não se encaixava em nenhum momento durante o percurso. E diante a pausa que foi necessária. Necessária para tirar uma com a sua cara, diante a máscara que ele não tinha se tocado, e não evitei de virar o rosto para o lado oposto e soltar uma fraca risada. — .... Seu estúpido, e você ainda cai no que lhe digo? — Comentei diante as risadas que arrancava para fora. Logo, olhei para o Von com uma celha erguida. — Terminou o seu descanso? Se eu não lhe conhecesse bem, diria que esses chinelos estão o torturando. — Direcionei meu foco em seus pés, e depois em seu rosto, como se aquilo fosse ser um pouco óbvio demais. No entanto, pude notar a presença de Itsuki e Midori. Que andavam juntos, e que ao lado deles, tinha a presença de uma criança que fungava como se tivesse chorado em todo o caminho até aqui, devido a sua expressão.

"— Ei meninos que bom que achamos vocês! Estamos com um problema aqui... Essa lindinha se perdeu de sua mãe no meio da multidão. Ei Natsume, poderia ajudar ao Itsuki aqui, por favor? Seus poderes vampirescos serão úteis na hora de rastreá-la! —" Sorriu Midori, quando acenava de maneira sorridente e bem humorada. Aquilo me fez surgir uma expressão confusa na cara, me fazendo erguer do banco. — Você sabe que eu não sou um cachorro que fareja as coisas e acha na hora né? Enfim, vamos logo. — Resmunguei, deixando transparecido o meu desgosto. O que não diminuiu a animação da garota, e ela apenas assentiu, quando continuava a segurar na mão da criança.
"— Eu... Eu... posso ficar aqui com o Von. Andar demais cansa, os esperamos nesse ponto. —" Avisou Itsuki, em um tom preguiçoso, não tendo vergonha em se sentar no banco de forma torta e desengonçada ainda que recuperando o fôlego, como se tivesse participado de uma corrida. O que não era a cara dele de ser nada esportivo...
Desse modo, eu e Midori fomos na frente. Aproveitei a chance para fazer algumas perguntas no meio do caminho para a criança que pudesse localizar o paradeiro de sua mãe. E com as informações ditas, eu poderia conseguir ter uma memória melhor dos lugares que tinha passado antes. Não acreditando que eu acabaria virando babá para guiar gente perdida, devido a pais irresponsáveis. Olhei para ambos dos lados, prestando atenção aos mínimos detalhes. Era o único que poderia fazer nessa circunstância.

...

Itsuki por outro lado, que estava com o fôlego recuperado totalmente. Ele ficou refletindo sobre uma questão por alguns segundos, e tomou coragem, para perguntar diretamente a Von, sem nenhum respingo de vergonha na cara: "— O que você acha de Natsume? —", finalizou com um sorriso relaxado em lábios. Demonstrando a mais pura e singela curiosidade diante a relação daqueles dois.

por Von Neville Qui Jul 01, 2021 5:12 am

Ver o sorriso no rosto de Natsume lhe dá vontade de fazê-lo engolir essa máscara pra ver se ele para de graça, e o som da risada dele ecoando faz as feições de seu rosto formarem uma expressão emburrada com o espírito de quinta série do albino, ao mesmo tempo que sente suas bochechas esquentarem por ter o pensamento inevitável que, mesmo que seja pra zoar com sua cara, a risada dele é adorável.
— Eu cai porque confiava em você, mas a partir de agora essa confiança foi quebrada, não vou mais cair nos seus truques baratos. — Ele diz, tentando passar a ideia de que está bravo e decepcionado, mas há uma certa dramatização em sua voz que deixa claro que não está falando sério, e o sorriso involuntário que se forma em seu rosto também lhe entrega enquanto coloca a máscara outrora na sua cara em Natsume pra ele não ver o seu sorriso.
— Ah... Sim, nunca mais vou usar essa coisa. — Ele solta um suspiro longo antes de se levantar e limpar a barra da yukata, se esticando como se estivesse se espreguiçando antes de voltarem a andar. Mas antes que pudessem se mover o casal que é mais grudado que super bonder chega bem na hora. Von só escuta o que Midori diz e olha pra criança desconfiado, encarando a pequena de cima a baixo como se estivesse procurando algo de estranho nela, já que sabe pela sua experiência com o assunto a anos que há seres sobrenaturais com intenções nocivas que tomam a forma de criança pra conseguirem o que querem. Já estava preparado pra segui-los quando escuta o que Itsuki diz, sentindo a mão dele repousada em seu braço como se dissesse "você não vai a lugar nenhum não". E apesar da preocupação com Natsume, resolve não oferecer resistência, apenas bufando como resposta e voltando a se sentar no banco.

Nesses momentos é quando percebe o quão dependente é do albino, sentindo-se estranho de não tê-lo por perto mesmo que por alguns minutos. Ele é o seu único amigo, a única pessoa viva pela qual nutre um grande afeto e a única em quem confia. Não considera Midori e Itsuki seus amigos ainda, tem muito pouco tempo de convívio com eles pra dizer que são pessoas com que possa contar (pois essa é a sua definição de amigo, uma pessoa com quem você pode contar). Estava começando a refletir os prós e contras desse fato quando seus pensamentos são interrompidos pela pergunta repentina do ruivo. Von pisca algumas vezes enquanto processa o que acabou de ouvir, e quando termina fuzila Itsuki com os olhos emanando desconfiança nas intenções por trás dessa pergunta.
— Como assim o que eu acho do Natsume? Ele é meu melhor amigo e o único em quem confio — Ele responde como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, dando ênfase nas palavras "único em quem confio" enquanto seus olhos estreitos encaram fixamente os quatro olhos do ruivo a sua frente, pra deixar claro que não confia nele.
— Por que essa pergunta do nada?

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Midori andava com a confiança de sempre enquanto segurava a mão pequena da criança, olhando pra todos os lados procurando os pais da criaturinha chorosa. Mas como não é boba nem nada, enquanto cantarolava decidiu aproveitar a oportunidade que aqueles dois finalmente desgrudaram pra perguntar, no tom mais casual possível:
— Ah, a propósito... Como vão as coisas com o Von? Já se declarou pra ele? — Ela tem um sorriso muito tranquilo estampado no rosto, como se estivesse tendo uma conversa tranquila num chá da tarde.

por Natsume Umeki Qui Jul 01, 2021 10:34 am

Claro que, que brincadeiras a parte. Eu sentia que, poderia fazer esse tipo de brincadeiras mais vezes, se fosse ter esse tipo de reações cômicas do outro lado que não daria para levar a sério. Tirando a parte daquela máscara no meu rosto que, atrapalhava temporariamente a minha visão, não evitando de expressar uma feição mais aborrecida logo em seguida, retirando-a da cara. E admito que, essa pausa teria sido favorável para ambos dos lados se não fosse por aquela pestinha que teria de ficar guiando praticamente para a sua família que tinha-se perdido no meio do caminho. Porém, outra coisa que atiçou a minha atenção foi, na reação de Von antes em ter olhado para a criança de uma forma desconfiada. Não como se fosse ser normal sustentar um semblante desconfiado em alguém dessa faixa etária, mas, aquele olhar foi o suficiente para me manter mais alerta no meio do meu caminho. Isto é, se minha natureza atenta e sempre na defensiva não fosse ser o suficiente.

Por mais que, continuasse tenso, mesmo que discretamente. Não parava com as buscas, procurando me localizar pelo último local que a menina chorona tinha se perdido de sua mãe. Midori já estava cuidando da criatura por outro lado, a fazendo rir com suas piadas sem graça, me fazendo perceber que eu não teria um dom para lidar com crianças. É a espécie mais terrível de se lidar. Comprovando com o Yuto e Iori que são exemplos vivos. — Não. — Foi uma resposta direta e firme, perante a pergunta de Midori que tinha lançado. No entanto, permaneci em silêncio por um tempo considerável em reformular qual era a pergunta em si, visto que, estava tão distraído com os pensamentos que mal tinha me tocado do que tinha respondido. — Não... É da sua conta garota. De onde tirou essa história? — Arqueei uma celha, com a típica expressão amargurada de quem disfarçava. E ainda mais, me questionava como diabos tinha levantado essa questão minha e do Von do nada.. Estaria negando comigo mesmo se, meu rosto não estivesse levemente corado pelo meu suposto descuido. Procurando olhar para qualquer direção, menos para a expressão sorridente de Midori que na mente dela, já criava fantasias ilógicas de ambos. De todos os modos, não é como se fosse falar exatamente para alguém que nutria pouca intimidade ou confiança para expor o que devo sentir ou não. Para mim aquele casal grudento são apenas colegas de classe, e nada mais além disso.

Entretanto, e por sorte, encontramos a mãe daquela criança para que pudesse me livrar daquele trabalho. Óbvio que, a reação da mãe não tenha sido uma das melhores quando avisava para ela ter mais cuidado nas pessoas. A minha colega de classe, teve de interferir essa minha língua afiada para amenizar o clima e explicar adequadamente a situação, deixando a mulher mais tranquila. Sendo que, eu não tinha mentido em momento algum, dando até de ombros no final. — Vamos embora. — Dito isso, me direcionei novamente para o mesmo trajeto, mas de uma forma até que meio impaciente para retornar onde estava o Von. Não evitando de parar de vez enquanto, no meio do caminho para comprar uma sobremesa de morango no meio.

Itsuki por outro lado, procurava informações necessárias para que o moreno pudesse expor de vez. O que não resultou muito bem, pelo olhar gélido de Von, o fazendo engolir o seco como se estivesse lidando com uma espécime de pantera negra na defensiva e indomável. Porque se uma expressão fosse capaz de matar alguém, o ruivo sem dúvidas estaria ferrado. Contudo, não foi o suficiente para abalar o Itsuki, que, arrumou os próprios óculos levemente pensativo, quando cruzava os braços.
— Bobo, eu me referia no outro sentido da coisa! Mas... Como não confia em mim, vais ficar no mistério. — Imitou uma voz melodramática, como se fosse fingir que estivesse sido ferido internamente com aquela aprovação. No entanto, como ele é inquieto e praticamente não consegue calar-se por cinco minutos, aquela boca do ruivo começou a pronunciar mais coisas. — Ow, mas é sério. O que acharia se o Natsume chegasse a ter um relacionamento com outro alguém? Como melhor amigo dele, deveria saber disso né? — Deu uma piscadela na brincadeira, ainda que relaxado no próprio banco. Ainda que, levemente decepcionado por não ter conseguido a resposta que queria, fazendo beicinho no final para deixar aquilo evidente.

....

Retornando até aqueles dois, depois de alguns minutos do trajeto. Notei o Von e Itsuki sentados naquele banco, não saindo nem sequer dali, não evitando de relaxar um pouco a musculatura tensa dos ombros. Me aproximando deles novamente. — Pronto, nos livramos daquela criança. — Me acomodei no banco novamente, cruzando os meus braços. Notando a leve risada no fundo de Itsuki diante o meu desgosto, logo que se erguia do banco para ir até a namorada para lhe dar um selinho rápido para pronunciar: — Muito bem, creio que agora podemos continuar a aproveitar o festival. Vai ter daqui a pouco a queima de fogos de artifício, é bom não perderem hein? — Sorriu bem humorado e, trocando de olhares de vez enquanto com a namorada para irem sozinhos com o intuito abandonarem como de costume. Não é como se fosse me incomodar ao todo já que, a presença de Von era o suficiente naquela hora, então dei de ombros como de quem não ligava.

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